Cerca de 9 mil pessoas prestigiaram a abertura oficial dos XI Jogos dos Povos Indígenas em Porto Nacional



O aeroporto da cidade ficou lotado. Todos aguardavam a chegada do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo; da ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros e demais autoridade do Governo Federal, que vieram de Brasília, especialmente, para a abertura da XI Edição dos Jogos dos Povos Indígenas, que está acontecendo na Ilha de Porto Real, em Porto Nacional. A abertura oficial aconteceu na noite desse sábado, 05.
Em comboio, a comitiva de 40 veículos seguiu para o Colégio Sagrado Coração de Jesus, um edifício majestoso, que tem 107 anos de existência e é parte, inebriante, da história do lugar. Nesse colégio foram educados a maioria dos “filhos” de Porto Nacional, que hoje são médicos, advogados, engenheiros, jornalistas, arquitetos, dentre outras milhares de profissões.

As autoridades, que estavam em companhia da prefeita municipal, Teresa Martins; do governador do Estado, Siqueira Campos e do Senador da República, Vicentinho Alves, foram recepcionados por crianças que tocavam instrumentos de uma mini-fanfarra. São alunos de escolas públicas, que desenvolvem trabalhos no Centro de Estudo e Ação Comunitária Dom Alano Du Noday. Após conhecerem as instalações, os presentes seguiram para a Catedral Nossa Senhora das Mercês, no centro histórico da cidade.

Já na Igreja, o pároco responsável, Jones Pedreira, proferiu algumas palavras. “Quem construiu esta bela igreja, foi a própria sociedade portuense, em 1883. Nós nos sentimos felizes em recebê-los em nossa paróquia”, afirmou o pároco, contando que os indígenas, naquela época, fizeram um trabalho de humanização e evangelização. Padre Jones destacou que as presenças ilustres que visitaram o local serão registradas no Livro de Ponto da Catedral. Foi rezado o “Pai Nosso”.

Acompanhada pelos vereadores André Costa, Miúdo e Pedrinho, a prefeita Teresa Martins mostrou o Largo da Catedral aos Ministros de Estado.

Em seguida, a comitiva se dirigiu para o embarque da Ilha de Porto Real. As duas balsas que aguardavam as autoridades, foram ladeadas pelas embarcações da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros Militar. No interior da balsa, policiais federais, civis, militares e o Exército brasileiro faziam a segurança das autoridades.
Uma multidão de pessoas aguardava as personalidades, dentre estas, 1.400 indígenas de 40 etnias de todo o Brasil. Autoridades municipais, estaduais, população local e de todo o Tocantins, pesquisadores da Unicamp e jornalistas do país e do exterior também faziam a recepção.

Os indígenas formaram um corredor de 100 metros. Ele dançavam, tocavam instrumentos e cantavam. Uma forma de dar as boas-vindas a todos.

Foi servido um jantar reservado, na sala vip da Ilha. Após, foi feita uma coletiva de imprensa. O ministro Aldo rebelo agradeceu as “instituições do Brasil, a sociedade do Tocantins e de Porto Nacional, e disse que espera que a imprensa reproduza que “nós queremos um mundo melhor, não só para os indígenas, mas para todos aqueles brasileiros que vieram depois de nós”.

Perguntado sobre qual avaliação ele faz sobre a realização dos Jogos em um Estado emergente como o Tocantins, o Ministro respondeu que o êxito é evidente, pela organização, esforço e a máxima participação indígena, que só vem aumentando, desde as edições passadas”.

“Nós nos empenharemos para que os nossos indígenas participem de olimpíadas internacionais”, destacou Aldo Rebelo, prevendo um contato maior com o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), porque entende que os Jogos são o maior evento esportivo das Américas.

O diretor do Comitê Intertribal e representante dos indígenas na Organização das Nações Unidas (ONU), Marcos Terena, entregou camisetas e bonés dos Jogos para autoridades. Visivelmente emocionado o líder indígena disse que o Brasil é o único país do mundo que tem 240 Povos Indígenas e 180 línguas.

Abertura

A tocha, que mais tarde acenderia o fogo indígena gigante no centro da arena, atravessou de barco, do continente para a ilha. O tenente Daniel, do Corpo de Bombeiros municipal, deu a primeira volta olímpica na arena da Ilha de Porto Real. Em seguida, um indígena do Povo Karajá deu a segunda volta olímpica com a tocha. Posteriormente, a Nação Xerente apresentou um ritual tradicional, o Inssitró e a corrida de tora, com 100 kg, cada uma. Cerca de 9 mil pessoas participaram da solenidade.

Em seguida, os 40 Povos Indígenas deram a volta na arena e foram parando um ao lado do outro, para que os presentes pudessem observar as particularidades de cada etnia.

O Hino Nacional Brasileiro foi cantando em língua indígena por Zuleika Terena, e em língua portuguesa pela cantora Mara Rita, de Palmas. A bandeira do Brasil foi carregada por crianças indígenas para defronte das autoridades.
Já quase finalizando a cerimônia, os Povos Terena entraram com tochas acesas. No centro da arena foi aceso o fogo gigante indígena. A plateia aplaudia de pés.

Encerrando a cerimônia, atletas guerreiros indígenas de arco e flecha, lançaram flechas em chamas no meio do lago. Começou uma queima de fogos e estava encerrada a cerimônia de abertura oficial dos Jogos.




Programação

Dia: 07/11 – Segunda-Feira
Horário:8h
Local:Estádio General Sampaio – Centro de Treinamento Nego Júnior
Atividade:Futebol Masculino e Feminino

Dia:07/11 – Segunda-Feira
Horário:9h
Local:Ilha Porto Real
Atividade:Entretenimentos Culturais: exposição de fotos, vendas de artesanato e pinturas corporais

Dia:07/11 – Segunda-Feira
Horário:9h30
Local:Auditório – Ilha Porto Real
Atividade:Fórum (ciclo de palestras)

Dia:07/11 – Segunda-Feira
Horário:16h
Local:Arena Central – Ilha Porto Real

Por: Umbelina Costa, direto de Porto Nacional, na cobertura especial dos Jogos dos Povos Indígenas

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