Advogado Portuense Helmar Junior pede afastamento do medico Alfredo Ramon Afonso Cavalcanti por suspeita de homicídio culposo, Já são quatro ocorrências no mesmo hospital somente este ano e a segunda acusação envolvendo o mesmo médico.
Foi protocolado dia (22) no Conselho Regional de Medicina do Estado do Tocantins o pedido de afastamento preventivo contra o médico Alfredo Ramon Afonso Cavalcanti, servidor público estadual lotado no Hospital Maternidade Tia Dedé em Porto Nacional – TO.
Dr. Alfredo é acusado de homicídio culposo por ato negligente no parto em que veio a óbito o recém nascido de Josiany Cavalcante de Andrade e Roberto Carvalho Fernandes.
O boletim de ocorrência relata que, por volta das 16 horas e 54 minutos, no dia 13/10/2011, o bebê de Josiany veio a óbito no Hospital e Maternidade Tia Dedé de Porto Nacional, no qual está lotado o médico Dr. Alfredo.
Documentos do pré natal realizado por Josiany na unidade básica de saúde do Setor Planalto, atestam que o bebê encontrava-se normal.
No dia 11/10/2011, Josiany entrou em trabalho de parto sentindo contrações e foi encaminhada imediatamente para o Hospital e Maternidade Tia Dedé. Porem, segundo informações médicas, naquele dia a parturiente ainda não estava preparada para o parto.
Josiany então retornou ao hospital às 22 horas. Às 5 horas da manhã, o Dr. José Neto provocou o estouro da Bolsa Fetal para conferir a cor do liquido amniótico, o qual, segundo ele, estava de acordo com a normalidade.
Em seguida, o Dr. Alfredo assumiu a responsabilidade do atendimento e do Plantão. A partir daí, contam os termos de declarações que o referido Doutor fez pouco caso agindo negligentemente com a paciente e obrigando a mesma a realizar um parto normal. O parto ocorreu somente às 17 horas da tarde (12 horas depois do estouro da bolsa).
O laudo de exame de corpo de delito do recém nascido conclui que a causa da morte foi asfixia de líquido amniótico. O caso foi noticiado a Delegacia de Polícia Civil de Porto Nacional onde se deu a abertura ao inquérito policial nº 124/2011 no qual o representado é suspeito de homicídio culposo por ato negligente.
De acordo com o Adv. Helmar Tavares Mascarenhas Junior, representante judicial dos pais do natimorto, “observa-se que há indícios de infração disciplinar em flagrante atentado aos princípios da medicina e em especial ao Estatuto Disciplinar dos Médicos pela parte do médico Dr. Alfredo”.
O pedido de afastamento preventivo do Dr. Alfredo, feito ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Tocantins pelo Adv. Helmar Tavares, possui amparo na lei estadual nº 1818/2007
que caracteriza o afastamento do médico “como medida cautelar a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade”.
O caso de Josiany e Roberto já é a 4ª ocorrência de suspeita de negligencia médica em óbitos de recém nascidos no Hospital Maternidade Tia Dedé somente este ano, e o segundo caso envolvendo o médico Dr. Alfredo Ramon Afonso Cavalcanti.
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