Artistas portuenses são impedidos de se apresentar No palco da FLIT- Edição de Porto Nacional
A edição da FLIT –Feira Literária do
Tocantins, em Porto Nacional, deixou um gosto amargo de indignação por parte
dos artistas, da considerada Capital da Cultura do estado. Na sexta-feira, dia 04,durante a programação
da feira, no Show “Porto Canta em todo canto”, organizado pelo cantor Everton
dos Andes com participação de 5 artistas portuenses, o coordenador de música da
Fundação Cultural do Estado do Tocantins, Fábio Geriz, numa atitude arbitrária
e autoritária, impôs que o show fosse parado ainda faltando duas bandas portuenses
para se apresentarem, para “ abrir espaço para o cantor palmense Marcos Ruas,
se apresentar”, demonstrando extrema falta de respeito tanto aos artistas que
se prepararam para o show, quanto com o público presente.
Foi
anunciada a Banda Doce Balanço, que foi então podada pelo coordenador de subir
no palco, fazendo questão de ressaltar que “ele, enquanto coordenador de música
da Fundação Cultural do estado, que manda no palco da FLIT.” O artista e
proprietário da banda Doce Balanço, Altamir Moreira, comentou que foi humilhado
pelo coordenador que ainda o ameaçou dizendo que sua banda nunca mais subiria
num palco de evento do governo do estado, chamando até mesmo a polícia para
intimidar o artista.
O mesmo
demonstrou repúdio à atitude daquele que deveria estar defendendo e fomentando
a cultura local e não agindo autoritariamente evidenciando preferências. De
acordo com o artista e proprietário da banda, o coordenador de música frisou
que a banda receberia o cachê, mas não precisava se apresentar, como se o mesmo
estivesse ali, visando apenas o dinheiro, o que casou ainda mais indignação ao
músico. O público ficou sem explicação, as bandas Doce Balanço e Quebraê, de
Porto Nacional, não se apresentaram na FLIT, por causa da atitude do
coordenador.
A Banda Doce Balanço, vai completar 14 anos de
existência, com 4 cds gravados e um DVD, sendo que foi a primeira banda do
Tocantins a gravar um DVD, no ano de 2006. A Banda Quebraê tem mais de 5 anos de trajetória, está gravando seu
terceiro CD. Ambas as bandas possuem representatividade em Porto Nacional, e reconhecidamente, participam de todos os
eventos da Prefeitura do Município – Carnaval, Reveillon, Semana da Cultura e
temporada de praia.
Os artistas
reuniram-se, e comentaram sentir-se desvalorizados em sua própria cidade e
montaram uma comissão para levar ao conhecimento da Secretária de Cultura,
Kátia Rocha e do Governador do Estado, Siqueira Campos, o fato ocorrido. Os
mesmos estão colhendo assinaturas, numa nota de repúdio à atitude do
coordenador de música da Fundação Cultural, Fábio Geriz.
Nós, artistas portuenses, abaixo
assinamos, repudiando a atitude do senhor Fábio Geriz, coordenador de música da
Fundação Cultural do Estado do Tocantins, de arbitrariamente usar de sua
autoridade para definir, em cima do palco, podar bandas portuenses de se
apresentarem na FLIT – Edição de Porto Nacional.
Sabemos que nossa cidade, possui um
destaque importante na cultura do estado, tanto que é reconhecida como capital
cultural do mesmo. Assim sendo, sentimo-nos extremamente desrespeitados
enquanto artistas que possuem representatividade dentro de nossa cidade, sendo
desprezados pelo senhor coordenador, que demonstrou preferências e privilégios
a artistas de outra cidade. Entendemos que sua atitude desvaloriza-nos enquanto
artistas portuenses, enfraquecendo nossa força cultural e por isso repudiamos
sua atitude.
Levamos ao conhecimento da senhora
secretária de cultura do estado e do governador do estado a nossa indignação
pelo ocorrido, entendendo que Porto Nacional, Capital de Cultura do Tocantins,
tem muitos artistas de expressividade e merecem o devido respeito. Que o senhor
coordenador de música deve se retratar de sua atitude extremista e se desculpar
com os artistas de Porto, que se sentiram humilhados por “aquele que manda no
palco da FLIT”, expressão utilizada pelo senhor coordenador, ao proibir a
participação da banda local no palco.
A atitude do coordenador fez nascer um
movimento dos artistas de Porto em busca da valorização da cultura da cidade que
possui 150 anos de emancipação política e 273 anos de história, ricamente
enaltecida pelos artistas e músicos que a compõem.
Entendendo que uma pessoa que trata o
artista de tal forma, não pode representar a coordenação de música da Fundação
Cultural do Estado, pois tal cargo deve ser ocupado por alguém que represente e
defenda os direitos dos músicos de todo
o Estado, não só de Palmas, afinal a Fundação Cultural é do Tocantins, não de
Palmas ou de qualquer outro lugar.
Sabemos que tal atitude não passará
despercebida e será devidamente considerada pela senhora secretária e pelo
Senhor Governador do Estado, que cremos, ficarão tão indignados quanto nós pelo
ocorrido.
Por: ASSESSORIA DAS BANDAS DOCE BALANÇO E QUEBRAÊ
Por: ASSESSORIA DAS BANDAS DOCE BALANÇO E QUEBRAÊ
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