Subcomissão de Aviação Civil debate setor de manutenção de aeronaves brasileiras

A Subcomissão Temporária de Aviação Civil (Cistac) realizou nesta terça, 29, a décima terceira audiência pública do colegiado com o debate voltado ao cenário atual das manutenções de aeronaves brasileiras.
As oficinas de manutenção de aeronaves atendem desde as pequenas aeronaves que operam na aviação geral até jatos executivos, táxis aéreos e aviões intercontinentais de linhas regulares. A partir desta gama extensa de atuação, os debates apontaram que as oficinas de manutenção precisam ser reconhecidas e certificadas pela ANAC.

Para debater o assunto na CISTAC, foram convidados Luciana Azeredo, proprietária da Voar/Globo Aviação; Celso Faria, engenheiro mecânico aeronáutico; Antônio Andrade, gerente de manutenção da Líder Aviação e Manoel da Silva, auditor de manutenção da Helisul Táxi Aéreo; além da participação de Mario Igawa, da ANAC.
Os debatedores afirmam que a “ausência de uma política pública que atenda a esse setor específico da atividade aeronáutica” tem comprometido o trabalho das operadoras.
“É possível relacionar ao Governo que o que se precisa é a segurança jurídica para operar dentro dos aeroportos, principalmente os federais; diminuir a carência na formação e na realimentação da mão de obra; a garantia aos acessos a sítios aeroportuários públicos, além da criação de uma cadeia tributária mais eficiente, que evite a evasão de divisas”, apontou a empresária Luciana Azeredo.
O Brasil conta atualmente com uma frota de mais de 14 mil aeronaves, que transportam apenas na aviação regular 180 milhões de passageiros por ano. Para o professor Georges Ferreira, especialista consultor em aviação, esses números levam o país a deter “a segunda maior aviação geral do mundo”.
“A operacionalidade da Aviação Civil se deve às empresas e oficinas de manutenção de aeronaves. Mas, para toda essa frota contamos com cerca de quatrocentas oficinas que atuam num país de dimensões continentais”, aponta o consultor.
Para o Senador Vicentinho, é necessária uma ponte permanente entre essas operadoras e o poder público.
“É preciso que Governo e empresas revejam as demandas e a capacidade em atendê-las, especialmente no local onde os serviços são prestados. Hoje, o setor, se não receber atenção devida, corre risco de engessar e, com isso, ver comprometido seu crescimento”, afirmou Vicentinho.
Os debatedores ainda apontaram que a aviação civil precisa de investimentos: mais escolas que possibilitem a formação de engenheiros e de mecânicos e atualizações frequentes nas ferramentas de qualidade das manutenções, pois a aviação brasileira está evoluindo de forma rápida.

Nova Reunião

         A CISTAC, a partir da próxima semana, realizará as audiências públicas do colegiado em novo dia da semana, passando, dessa forma, das terças para as quartas-feiras. O horário será mantido – 14 horas.
A Cistac é ligada à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal. A intenção do presidente da subcomissão, senador Vicentinho Alves (PR-TO), é apresentar um relatório sobre as ações necessárias ao aperfeiçoamento do setor e com as sugestões de mudanças na legislação da aviação civil, a partir das conclusões dos debates.

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